O que sobrou do céu
O Rappa
Faltou luz mas era dia, o sol invadiu a sala
Fez da TV um espelho, refletindo o que a gente esquecia
Faltou luz mas era dia, dia
Faltou luz mas era dia, dia, dia
O som das crianças brincando nas ruas como se fosse um quintal
A cerveja gelada na esquina como se espantasse o mal
Um chá pra curar essa azia, um bom chá pra curar essa azia
Todas as ciências de baixa tecnologia
Todas as cores escondidas nas nuvens da rotina
Pra gente ver
Por entre os prédios e nós
Pra gente ver
O que sobrou do céu
é interessante lembrar o trecho de outra música : “minha alma”, interpretada pelo Rappa, em q diz:
“(…) As grades do condomínio
São prá trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que tá nessa
Prisão…”
o que adianta nos trancarmos em nossas fortalezas se não nos movemos para melhorar onde moramos?!
Legal.
O Rappa tem um coisa bem urbana nas suas músicas. Tem uma chamada “Rodo Cotidiano” que diz:
“Não se anda por onde gosta
mas por aqui não tem jeito todo mundo se encosta
ela some, ela no ralo de gente
ela é linda
mas não tem nome
é comum e é normal
Sou mais um no Brasil da Central
da minhoca de metal
que entorta as ruas
da minhoca de metal
como um Concorde apressado
cheio de força
voa, voa mais pesado que o ar
e o avião, o avião, o avião
do trabalhador ”
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